Blog Brigitte Calegari | HISTÓRIA DO BLUSH

14.03.24

HISTÓRIA DO BLUSH

BRIGITTE CALEGARI

Um dos itens mais amados, o blush foi um dos primeiros produtos de beleza a ser criado, com o intuito de reproduzir o visual de uma "pele saudável", tendo as bochechas coradas como um indicador de vitalidade e frescor.
Os antigos egípcios provavelmente foram um dos primeiros grupos na história a adotar o uso de blush em seus rituais de beleza. Imagine Elizabeth Taylor como Cleópatra, mas nos tempos das pirâmides, o blush era usado tanto por homens quanto por mulheres, feito a partir de uma mistura de gordura e ocre moído.
Gregos e romanos também utilizavam blush, até como um meio de demonstrar seu status social - os gregos usavam amoras esmagadas, enquanto os romanos preferiam o chamado vermelhão, ou vermillion, do francês, um pigmento tóxico à base de óxido de ferro — uma mistura que chegava a ser letal!


Elizabeth Taylor como Cleópatra em "Cleópatra"| Fonte: Google images

Por outro lado, na Idade Média, o blush caiu em desuso. O visual de pele corada passou a ser associado à aparência dos trabalhadores que passavam dias sob o sol cuidando dos campos, e as bochechas vermelhas eram ligadas à maquiagem usada por mulheres consideradas promíscuas.
As conotações das bochechas coradas eram tão impopulares que até sanguessugas eram usadas para remover o excesso de sangue do rosto, estimulando a aparência de palidez extrema... Isso, até Elizabeth I trazê-lo de volta à moda. 
Elizabeth governou de 1558 até sua morte em 1603. Embora sua beleza ainda estivesse associada à pele pálida, ela era uma entusiasta da cor vermelha - desde seu cabelo vermelho até seus lábios, e suas bochechas dramaticamente coradas.

Elizabeth I | Fonte: Google images

Durante a era Rococó, nos anos 1720, o blush era usado tanto por homens quanto por mulheres para imitar rubores naturais. Jeanne Antoinette Poisson - também conhecida como Madame de Pompadour - até popularizou uma tonalidade específica de blush durante o século XVIII - o Rosa Pompadour.
Em 1825, o guia britânico The Art of Beauty recomendava que o blush fosse "extremamente inocente" e fornecia um glossário de ingredientes para criar o produto em casa, que incluía cártamo, sândalo vermelho, pau-brasil e carmim. O carmim foi introduzido na Europa após a conquista espanhola das Américas. O corante, extraído de um inseto chamado cochonilha, era um vermelho profundo que podia ser usado com segurança na pele, e continua sendo um ingrediente utilizado em muitos produtos de beleza não-veganos até hoje.

Madame de Pompadour | Fonte: National Geographic

A última rainha da França, Maria Antonieta, também era conhecida por seu amor por blushes extremamente contrastantes em uma pele branquíssima, e tornou-se um ícone de beleza da época. Algumas décadas após sua morte, em 1862, a empresa francesa de cosméticos Bourjois criou o primeiro blush em pó da história, como uma alternativa à maquiagem teatral à base de gordura. A formulação leve e arejada foi vista como uma melhoria dramática, e os potes de Bourjois rapidamente se popularizaram entre os teatros e artistas parisienses.

Maria Antonieta | Fonte: Google images
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